quinta-feira

O Carro VII



Clique aqui para ver essa carta em outros baralhos.

Poema
O Triunfo (O Carro)

Notas musicais a flutuar nos ares;
a lira de orfeu, magnífica, toca.
Doces sinfonias saem, suaves;
de ouro trançado suas cordas.

Os sete pilares o céu fortificam;
nos sete templos os gênios estão;
Tempos remotos eles viram:
ao homem sempre ofereceram a mão.

Nos vales em sombra, escuros vultos;
carregam legiões de demônios infindos.
À frente, sete espíritos imundos;
negras suas mãos; seu olhar é terrível.

Nos vales em ouro, grandes anjos;
lideram tropas em passo distinto.
Os sete senhores à frente andam;
suas mãos luzentes, seu olhar vívido.

Grandes batalhas nas planícies e vales;
tropas ecoam de rocha em rocha.
Guerreiros de além dos mares,
conduzem pelo oceano suas frotas.

No campo de guerra me encontro,
meus inimigos do solo a brotar.
Branco o cavalo o qual monto;
minha lança em armaduras entrar.

Elmo quebrado, da espada os pedaços;
meu olhar nisso exaltava.
Mortandade nos campos largos;
altivo e austero, assim eu andava.

Os inimigos mortos aos pés;
alegria maior não sentia.
Cada batalha, espada com espada;
da vitória o prenúncio eu ouvia.

Meu rei na luta se revela;
em carruagem de cobre montado.
De ouro o cinto e sua lâmina;
um broche em seu peito cravado.

Domina seus corcéis fogosos.
Firme e solene segura o cajado.
Seus alazões obedecem cada comando dado.

A batalha se caminha ao final,
os anjos venceram.
Da terra foi expurgado o mal;
os inimigos enfim pereceram.

Nenhum comentário: