sexta-feira

As Estrelas XVII


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A ESTRELA (A Esperança)

No ar a oitava badalada
soa, a matina já nasceu;
Ao leste, a estrela da madrugada
esplendorosa, ilumina o sonho meu.

Do cálice da nova e eterna aliança
me fartarei, em sua magia fundarei
Adão e Eva, até chegar enfim Urânia
Sob cujos véus pingentes me guardei.

Cruzei léguas das quais não há conta
na imensidão firmei moradas, procurava
da juventude a fonte, mas cuja sombra
jamais achava, que o digam do mar as vagas.

Ó fulgor da aurora, me revela
A vereda que devo seguir, já não
suporto mais a infinda a espera,
não suporto mais o duro chão!

Talvez, quem sabe um dia longe
possa ver entre os ramos e laços
espinhosos que desfiz aos montes,
reservada luz me deitar aos braços?

E, sobre os louros da vitória
ver nos contos minha história,
e finda em mim toda a escória,
cavalgar potente ao monte da glória?

Luzeiro brilhante da manhã,
oito pontas em flamas luzentes
envolvem meu corpo, a maça
renovada traguei da serpente.

Quem é aquele, envolto na cruz 
de lenha banhada em sangue, 
que faísca rodeado de monstros, 
filho da imaculada prenha?

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