O Mundo XXI

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O MUNDO (O REGRESSO)

Dentre as brumas do passado,
do presente e do futuro, lá estou
em Avalon dos dias findados...
O décimo terceiro gongo soou!

Descanso doce e merecido
enfim desfrutarei; das rosas
vermelhas o cheiro umedecido
sorverei; aqui estou de volta.

Toca, lira, e o doce embalar
das canções a me inundar
e o silêncio divino no ar
e as vestais a dançar...

Toca, lira, e as estrelas
a balouçarem na harmonia
e o sol a se levantar à beira,
a despertar a terra matutina.

Canta, ó Vera, enche a terra
das sinfonias das mais belas.
Livra o mundo inteiro, quebra
todo mal que ali se encerra!

Canta alto, forte, tua sorte
estás na lira a dedilhar;
mais além, por sobre o norte
tanta coisa a se findar!

Tanto andei, meus pés cansados
pedem, suplicam o unguento sagrado.
A estrada é longa, é duro o fardo
só quero um colo leito amaciado.

A ilha sagrada surge, das névoas
brancas que afastei; ao longe
no ápice, além do círculo de pedras
os grandes sinos badalando insones.

Os quatro senhores da morte
encontram-me de pé ao cais.
O leito meu a esfinge cobre
cobre meu corpo; a luz já vai.