sábado

A Força XI



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A FORÇA ( A PERSUASÃO)


A segunda hora do dia toca
em um relógio de labaredas;
Rubra a ave que agora voa
a incendiar minhas veredas.

Pelos campos ando, pelos campos de fogo;
calor inesgotável por toda parte.
O mundo em manto vermelho envolto
eu em túnica cor escarlate.

Poderoso o leão, em chamas esvoaçantes;
a bailarina na dança pelo solo ardente,
deslizando em movimento incessante.
O leão , o incêndio, nada ela sente.

Vejo salamandras em fornos pujantes;
nas águas, nereidas em límpidas fontes;
nos vapores que sobem, os silfos errantes;
e os gnomos malhando em suas forjas insones.

No mundo a violência à solta;
destruindo lares e derribando nações.
Na luta presente, no protesto e revolta
é lança espetada fundo nos corações.

O negro dragão me enfrenta
com fogo da ira a brandir.
A serenidade em frente à tormenta,
é rochedo que nada pode destruir.

Na arena do mundo, Coliseu da alma,
muitos leões me rodeiam;
a rédea do meu destino não me falta,
e com ela me veneram e aceitam.

Na senda sagrada a seguir
A andar no chão dolente
As velas do chão a subir
49 na estrada da mente.

E lá o leão, de ouro do espírito;
esculpido em tronos de reis.
Um menino o abraça, dourado vestido;
agora é sua hora e agora é sua vez.

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